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Fernando Brito: O que vão fazer de Temer?

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POR  · 07/05/2018


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O molambo presidencial, que se afoga muito mais rapidamente que o fez o cachorrinho de D. Marcela no lago, ao afundar no escândalo dos “pacotes” de dinheiro da Obebrecht entregues a José Yunes, seu amigo e assessor é a mais intrigante incógnita do processo eleitoral que, por enquanto, ainda temos.
Parece estar evidente que, na reta final da campanha, um terceira denúncia será apresentada contra o atual ocupante do Planalto e, mesmo sem votos a seu favor, é improvável que se consigam votos contrários a Temer suficiente para aprovar a abertura de um processo criminal contra ele.
O factóide da candidatura Temer, assim, vai se desmanchando e, a esta altura, não há hipótese de que ele consiga reunir senão os seus áulicos  nesta encenação.

Resta saber, como disse o tribuno Marco Túlio Cícero, citando um juiz romano: “Cui buono”, a quem beneficia?’
Ao PSDB, que ensaiava uma aproximação eleitoral com o governo, certamente que não.
Geraldo Alckmin corre o risco de, em breve, ser ultrapassado nas pesquisas pelo insólito Álvaro Dias, não por ascensão do ex-tucano paranaense, mas por minguar próprio.
Cada vez mais vai ficando distante a hipótese de tirar Jair Bolsonaro do segundo turno, mesmo sem base partidária ou tempo de televisão.
Se a esquerda não ficar agindo como criança birrenta, perdida em vaidades e avaliações de natureza comportamental, tem uma chance de ir para um enfrentamento em condições de vencer.
Mas é necessário que toda ela entende que a voz de comando pertence a Lula, a ninguém mais.
Porque é ele, e ninguém mais, que representa o sentimento do povão, sem o qual a esquerda é mera alegoria.

Sputnik: Meninas de favela do Rio são vistas calçando chuteiras na Rússia

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Taisa Melo De Souza, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
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Sputnik Brasil - 07/05/2018

Um grupo de meninas do Complexo de Favelas da Penha está pronto para representar o Brasil na Copa do Mundo da Rússia esta semana. Achou estranho? A Sputnik Brasil foi conhecê-las enquanto se preparam para trocar o sol do Rio de Janeiro pela não tão quente Moscou.
"Elas provavelmente estão dançando embaixo de uma árvore ao lado da Avenida", diz o escocês Adam Reid pelo WhatsApp, tentando ajudar a reportagem a encontrar as meninas debaixo do sol a pino da capital carioca.
Estamos diante do deslumbrante Pão de Açúcar, no Aterro do Flamengo, para acompanhar um dos treinos de domingo das meninas que vão representar o Brasil na Street Child World Cup. O evento esportivo reunirá 24 seleções de crianças carentes do mundo todo em uma competição realizada na Rússia a partir do dia 11 de maio.
Adam representa o projeto no Brasil e é o último a chegar. As 9 meninas, que ensaiam uma música de funk para uma apresentação cultural do evento estão descontraídas, riem, dançam e perguntam a Adam sobre músicas em inglês que não conseguem decifrar. Elas não vêem a hora de embarcar logo para a Rússia.

"Estou muito ansiosa para poder ir para a Rússia. As amizades! Até as amizades que tem lá, estou ansiosa para revê-los. Muito bom lá, ansiosa demais! Todo dia eu acordo e acho que é o dia certo para poder viajar", diz Taisa Melo de Souza, de 17 anos, a habilidosa capitã da equipe.
Elas treinam duro para fazer bonito na Rússia. Para jogar em um campo com as dimensões adequadas, elas enfrentam uma distância de 30km aos domingos entre a região da Penha, na Zona Norte da cidade, e o Flamengo, na Zona Sul.
© SPUTNIK .
Meninas jogadoras

Em 2014, Drika foi campeã com o Brasil jogando o campeonato no Rio de Janeiro. Ela lembra que o time ganhou a maioria dos jogos com placares elásticos, de até 14 gols de diferença, e torce para que a história se repita na Rússia. Após ser campeã, Drika viajou o mundo fazendo cursos de capacitação com o projeto que hoje ajuda a coordenar no Rio."Acho que elas vão voltar de uma forma diferente, assim como eu voltei também. Com aquela coisa de que não é só futebol, é amor, é família, é respeito. Foi isso que aconteceu comigo, acho que é isso que vai acontecer com elas também", conta uma das treinadoras do time, Drika Santos.
Com idades entre 15 e 17 anos, as meninas vão embarcar na terça-feira (8) em direção a Moscou, onde será realizado o evento.
"A gente está treinando e começam os tiros"
Para chegar até a favela do Caracol saindo de onde treinam aos domingos, é necessário mais de um tipo de transporte. Após 40 minutos de metrô e mais 40 minutos de van até o Complexo de Favelas da Penha, um moto-taxi te leva até o topo do Morro do Caracol pelas ruelas sinuosas da favela em não mais que 10 minutos.
Ana Carolina Campos Lima, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Ana Carolina Campos Lima, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
As meninas que sonham com o mundo, vivem uma realidade de pobreza e violência na vizinhança muito diferente dos treinos ao lado do Pão de Açúcar. A região da Penha é conhecida por confrontos armados e ficou famosa após imagens de fuga em massa de traficantes durante uma ocupação policial em 2010.Lá de cima, um campo de futebol improvisado quase flutua sobre uma vista privilegiada de toda a região. É lá no campinho Família Caracol onde o grupo treina toda semana se preparando para representar o Brasil na Rússia.
Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil.
"Tem vezes que a gente não espera, a gente está treinando e começam os tiros, os confrontos entre eles e a gente tem que parar o treino, tem que correr", conta Ana Carolina Campos Lima, de 16 anos.As jogadoras relatam que em várias ocasiões tiveram que se esconder de tiroteios enquanto treinavam.
A situação que chega a impedi-las de treinar quase não comove de tão corriqueira. "Para a gente, assim, já é normal. Não é normal para as pessoas que são de fora, mas para a gente já é normal", relata Ana Clara Ferreira da Silva, de 15 anos.
Do topo da favela para a Praça Vermelha
É de olho em realidades como essa, que o Street Child United oferece oportunidades a crianças carentes ao redor do mundo. A instituição que organiza o campeonato que levará as meninas à Rússia é também responsável por um projeto permanente no Morro do Caracol.
A treinadora Drika Santos acredita que o projeto pode ajudá-las a superar o contexto de vulnerabilidade. "Em vez de elas ficarem nas ruas depois da escola, porque na rua é perigoso, pode ter tiroteio a qualquer momento, pode se envolver com drogas, porque está muito próximo, está muito fácil. Aí elas vão para o projeto, se divertem, conversam sobre os problemas, se distraem", conta.
Jéssica Pinheiro do Vale, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Jéssica Pinheiro do Vale, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
Meninas como Taisa Melo têm a realidade tocada diretamente pela ação. Os constantes tiroteios na região, segundo ela, a impediam inclusive de fazer amizades, pois seus pais não a deixavam sair de casa temendo pelo pior. "Poxa, mudou minha vida muito, porque eu não tinha amizades. Então ali fui criando minhas amizades, as meninas são como irmãs para mim. Ali tira minhas brigas de dentro de casa, ali me deixa muito feliz", conta Taisa.
Caso semelhante ao de Rafaela Cristina Granthom Nascimento, de 15 anos, que sonha em ser zagueira e lembra que o projeto ajudou a resgatar seu sonho. "Eu pensei que seria muito difícil. Mas elas me ajudaram muito também, o projeto me ajudou a erguer minha cabeça, não desistir do meu sonho, e lutar", conta.
Vista do campo onde treinam as jogadoras da seleção brasileira da Street Child World Cup 2018, no topo do Morro do Caracol, favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Vista do campo onde treinam as jogadoras da seleção brasileira da Street Child World Cup 2018, no topo do Morro do Caracol, favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
A maioria das meninas já saiu do país pelo menos uma vez junto com o projeto. Rebeca Cristiny Santos, de 16 anos, por exemplo, já conheceu a Inglaterra, a Rússia e a Alemanha. Em outubro de 2017, o projeto organizou um evento em Moscou e levou a maior parte do time para participar.
"Agora com essa oportunidade que elas estão tendo é sonho realizado. Porque acho que toda criança que mora em uma comunidade carente que não tem uma vida muito boa, com muito dinheiro, com muito recurso, sonha em poder viajar, em poder realizar tudo que um dia parecia impossível", afirma esperançosa a treinadora da equipe.
Ana Clara Ferreira lembra que a oportunidade também foi uma forma de resgatar sua auto estima. "Eu pensei que nunca ia sair do Brasil e acabei saindo, essas coisas do futebol! Eu sempre quis ser jogadora de futebol. Aí, tipo, me senti importante, porque eu saí do Brasil, joguei e outras pessoas viram, passou na televisão".
Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
O campeonato será disputado também por meninos, mas a oportunidade para as meninas é uma forma de valorizar o esporte que apenas engatinha no Brasil quando o assunto é promover os times femininos.
Em uma idade em que muitos meninos já passaram por categorias de base, poucas das meninas conseguiram espaço para treinar em times da cidade.
A menina Ana Carolina conta, aos 16 anos, que o projeto foi uma forma dela acreditar um pouco mais no sonho de ser jogadora. "Eu sempre gostei de futebol, eu sempre fui interessada. E depois, para menina, é mais difícil. A gente desacredita um pouco a mais pelo fato de não ter muitas oportunidades para meninas. Mas depois que eu entrei no projeto, criou muitas oportunidades. Foi onde eu comecei a acreditar que eu realmente posso ser uma jogadora profissional".
  Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
E é em busca principalmente de um sonho, que as meninas brasileiras se esforçam para superar dificuldades. Com a experiência de quem ontem não podia sequer sair de casa e amanhã embarca em um vôo direto para a Rússia.
"Além das dificuldades que podem ocorrer, alguém falar 'ah, você está assim, você nunca vai conseguir isso'. Não vai pela cabeça dos outros. Sempre você tem que confiar em você mesmo e nunca desistir dos seus sonhos", conclui Jéssica Pinheiro do Vale, de apenas 15 anos.
  • Rebeca Cristiny Santos, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Rafaela Cristina Granthom Nascimento, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Laryssa Soares Batista da Anunciação, , jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Ana Clara Ferreira da Silva, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Taisa Melo De Souza, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Rebeca Cristiny Santos, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Rafaela Cristina Granthom Nascimento, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.
  • Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.
  • Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
  • Jogadoras da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018 treinam em favela do Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
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Rebeca Cristiny Santos, jogadora da seleção brasileira na Street Child World Cup 2018.

OEA questiona Brasil sobre intervenção no Rio e execução de Marielle

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DENÚNCIA
As audiências, realizadas nesta terça (8) na República Dominicana, foram solicitadas por 20 organizações brasileiras

por Vinicius Mansur, do Brasil de Fato publicado 09/05/2018

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
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'A execução de Marielle não será instrumentalizada para o recrudescimento das bárbaras políticas que a executaram'
Brasil de Fato – O Estado brasileiro teve que prestar esclarecimentos à Organização dos Estados Americanos (OEA), nesta terça-feira (8), sobre a intervenção federal militar no Rio de Janeiro e a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes. As audiências, realizadas em Santo Domingo, República Dominicana, foram solicitadas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA por 20 organizações sociais e, uma delas, contou com o depoimento da viúva de Marielle, Mônica Benício.
Após questionarem os motivos que levaram à intervenção no Rio e à falta de transparência na condução da operação, os representantes da sociedade civil brasileira denunciaram diversas violações dos direitos humanos ocorridas no período da atuação militar e alertaram para a inconstitucionalidade da medida.

"Ao definir que o cargo do interventor tem caráter militar, o decreto contraria a Constituição Federal brasileira que define que todas as funções públicas são de natureza civil, independentemente de quem ocupa. Conjugado com a Lei nº 13491, de 2017, que dá foro especial a membros das Forças Armadas envolvidos, entre outros, em crimes dolosos contra a vida de civis, o caráter militar do interventor elimina qualquer tipo de controle social de suas ações", concluiu o assessor da Conectas Direitos Humanos, Jefferson Nascimento.
As cobranças feitas pelas organizações brasileiras foram reforçadas pelos integrantes da CIDH. A delegação do governo brasileiro, liderada pelo chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Fernando Sena, defendeu a legalidade da intervenção, aprovada pelo Congresso Nacional e feita em cooperação com o governo estadual do Rio, Sena ressaltou ainda que o objetivo principal é proteger a população carioca e reformular os aparatos de segurança pública em um momento de crise financeira do estado.

Genocídio 

Na audiência seguinte, as organizações enfileiraram registros de ataques a ativistas dos direitos humanos no Brasil. A coordenadora da Justiça Global, Sandra Carvalho, destacou que 70 deles foram assassinatos no último ano. A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, declarou que a vereadora tornou-se vítima do genocídio que denunciava e que sua morte não pode legitimar as farsas das políticas de seguranças.
"Viemos aqui para reafirmar que a execução de Marielle não será instrumentalizada para o recrudescimento das bárbaras políticas que a executaram. Não toleraremos nem mais um dia da falsa narrativa à guerra às drogas, do confronto armado que esconde o profundo comprometimento dos agentes dos estados, perpetuando arranjos lucrativos do tráfico de drogas e de armas. A farsa não se sustentará em nome de Marielle", disparou.
Cobrados pelos integrantes da CIDH, os representantes do governo brasileiro reconheceram as debilidades da política de proteção aos defensores de direitos humanos e afirmaram que as investigações das execuções de Marielle e Anderson, ocorridas há 50 dias, avançam com todo apoio estatal.
Além da Justiça Global e da Conectas, as organizações que representaram a sociedade civil brasileira nas audiências em Santo Domingo foram a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Terra de Direitos, Redes da Maré e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. O estado brasileiro, por sua vez, enviou representantes do MRE, Ministério de Direitos Humanos, Advocacia Geral da União, Secretaria Nacional de Juventude e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

Tereza Cruvinel: saída de Joaquim Barbosa aumentará o desespero da centro-direita

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Tereza Cruvinel: saída de Joaquim Barbosa aumentará o desespero da centro-direita
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Joaquim Barbosa não se dispôs a entrar na selva eleitoral, comprometendo seus arranjos profissionais e financeiros e seu conforto pessoal, ele que detesta ter a vida futricada.  Sem ele, o quadro muda mas a incerteza é que cresce. Não haverá um ganhador em particular mas crescerá também o desespero da centro-direita fragmentada, que mesmo desconhecendo as ideias de Barbosa,  via nele alguém que, na falta de outro,  poderia representá-la num segundo turno, contra a esquerda ou contra Bolsonaro. É desse desespero que podem surgir as tentações por uma saída fora da eleição. 

Os 10%  de eleitores que, na última pesquisa Datafolha se dispunham a votar em Barbosa, agora devem refluir para  outras candidaturas.   Uma parte deles retornará ao lulismo, seja quem for que o venha representar, como principal polo anti-establishment.  Outra deve sobrar para Ciro Gomes, que neste momento é visto como ponto de convergência por setores da esquerda e da direita.  Marina Silva e Bolsonaro certamente serão beneficiados, pois mesmo sendo políticos profissionais, são percebidos como diferentes pelos que buscam renovação.  Alguma coisa sobrará para Alckmin, ainda que não baste para a decolagem. Em que proporções se dará a divisão só uma nova pesquisa dirá mas a decisão de Barbosa pode dar impulso aos esforços por realinhamento que estão na praça. 
Na esquerda, despontam defensores de uma unidade com Ciro, contra a decisão do PT de levar a candidatura de Lula até à linha final.  O que era meio murmurado ganhou ressonância com a declaração do governador do Maranhão, Flávio Dino, que ao propor apoio a Ciro atropelou não apenas os aliados petistas mas também a candidata de seu partido, o PC do B, Manuela D’Ávila. Lá de Curitiba, através do visitante Leonardo Boff , Lula mandou avisar que continua candidatíssimo.
Na direita, há movimentos paralelos. Alckmin continua avançando em direção a Temer e ao MDB.  Deve ser advertido sobre o risco do beijo da morte na reunião de hoje da Executiva do partido. Menos propensos ao suicídio, outros partidos que ajudaram o MDB a derrubar Dilma e a colocar Temer na Presidência buscam saídas de emergência.  Rodrigo Maia, do DEM,  conversa com Álvaro Dias e Flávio Rocha PR sobre uma aliança sem tucanos e emedebistas, enquanto PP e PR cogitam sobre uma aliança pouco provável com Ciro.  Na planície,  parlamentares do PSDB, PPS, PTB e similares preparam um manifesto liberal-reformista a ser proposto aos candidatos deste polo, prevendo o afunilamento de candidaturas na época das  convenções, em julho. 
Estes movimentos, entretanto, não resolvem o drama da centro-direita. Se Alckmin se alia a Temer, ganha o tempo de televisão do MDB, o apoio da máquina federal e o dever de defender seu governo rejeitado.  Mas a coalizão de direita sem Temer e os trunfos propiciados pelo MDB, e não dispondo de um nome reluzente, será um soma de nanicos.  Todos estes partidos são associados ao governo de Temer e ao impeachment de Dilma. Hoje, 47,9% da população, segundo pesquisa do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, núcleo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INTC), acham que ela sofreu um golpe parlamentar.  Tudo somado, a conta chegou. 
Por isso digo que na falta de saídas para a direita pode morar o perigo. Barbosa, em entrevista a Lauro Jardim, em O Globo, listou suas três maiores preocupações:  vitória de Bolsonaro, golpe militar ou um arranjo continuísta com Temer, que significaria o adiamento da eleição. O assanhamento militar continua: ontem o general aposentado Paulo Chagas perguntou numa rede social se os ministros do STF que julgam o recurso de Lula tomarão o partido do Brasil ou do crime.  E Temer topará qualquer coisa que lhe mantenha o foro especial. Ontem mesmo a Lava Jato voltou a mirá-lo em nova operação envolvendo propina da Odebrecht em contrato com a Petrobrás. 

O golpe e o vexame. Por Marcos Coimbra

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A mistura de imediatismo e ódio nos trouxe ao fundo do poço, a um impasse do qual não parece haver saída. A prisão de Lula foi o ápice

Alan Santos/Agência Brasil
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Nem os americanos ignoram que Temer sobrevive apenas porque é mantido em vida vegetativa pela elite econômica, os “ativistas” do Judiciário e a imprensa conservadora
Há um ano, o governo brasileiro encaminhou à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) um pedido formal de adesão. Foi uma mudança na posição do País, que, nas administrações de Lula e Dilma Rousseff, não a buscara.
No início do mês passado, chegou a resposta: o governo americano fez saber que era contra nossa admissão e que, em seu lugar, aceitaria a solicitação da Argentina. Os vizinhos serão colegas de Chile e México, os únicos países latino-americanos com assento no “clube das nações ricas”, onde estão todas as economias capitalistas avançadas e algumas em desenvolvimento.

Saímos, de 2015 para cá, da posição de quem não participa porque não quer para a de quem toma bomba ao pedir para entrar. O Brasil atual não tem lugar nesse clube, apesar de bajulá-lo a toda hora.
Poucas pessoas ficaram sabendo do vexame. A “grande imprensa”, a bem dizer, escondeu a notícia, relegando-a às páginas internas dos cadernos de economia ou simplesmente a ignorando. Normal: como manter o tom geral dos jornais e emissoras alinhadas com o governo diante de tamanha decepção? Melhor fingir que não aconteceu.
Suponhamos que fosse o inverso, que a OCDE aceitasse o pleito. Estaríamos vendo uma cobertura triunfalista, saudando a decisão como “conquista”, o reconhecimento do mundo civilizado às políticas implantadas pelo golpe. Era tudo que Henrique Meirelles desejava para turbinar sua candidatura presidencial natimorta e que Michel Temer precisava para driblar outro caminhão de denúncias. Não faltariam manchetes obsequiosas para ajudá-los.
Podemos, também, imaginar outro cenário, do governo Dilma indo bater às portas da OCDE e tomando um não. Haveria uma avalanche de editoriais, colunas e comentários de “especialistas” ridicularizando o desfecho.
O relevante não é apenas que o governo americano tenha negado a postulação, mas as razões que o moveram. Na opinião de Donald Trump, o governo de Mauricio Macri possui “respaldo eleitoral” para comprometer-se com uma agenda, enquanto, no Brasil, falta “consenso claro” a respeito das reformas necessárias. Segundo ele, Macri mostrou ter apoio nas eleições presidenciais e nas recentes eleições legislativas. Quanto a Temer, que é nada.
Nem os americanos nem ninguém ignora que Temer sobrevive apenas porque é mantido em vida vegetativa pela elite econômica, os “ativistas” do Judiciário e a imprensa conservadora. Ele, seu governo de nulidades, sua equipe econômica de resultados pífios, sua agenda reprovada quase unanimemente pela população, nada mais são que a prova do fracasso do golpe de 2016, agora atestado com papel passado por Donald Trump (logo quem!).
Derrubar um governo legítimo depois de havê-lo bloqueado com manobras congressuais escusas, inventar alguém como Temer na Presidência e impor uma política econômica antediluviana em termos sociais, só poderia dar nisso. O açodamento, a truculência e a arrogância das elites, que se vangloriaram de haver tirado o PT do governo, as levaram aonde estão. Tivessem “respaldo eleitoral”, não precisariam mendigar apoio.
Na economia, só conseguem pensar com o imediatismo de quem não se preocupa com as consequências do que faz, como piratas que saqueiam e seguem viagem, indiferentes ao que fica para trás. Na política, o único combustível de suas ações é o ódio a qualquer proposta popular, cujos alvos foram Getúlio, Juscelino e João Goulart, e que hoje é dirigido contra Lula e o PT.
A mistura de imediatismo e ódio nos trouxe ao fundo do poço, a um impasse do qual parece não haver saída. A prisão de Lula é seu ápice. Se fossem menos estúpidas, as elites teriam parado muito antes a marcha da insensatez. Mas o que esperar de gente como seus personagens principais?
Uma coisa é certa: se, em vez de Fernando Henrique Cardoso, houvesse Mário Covas; se no lugar do ACMinho estivesse Antonio Carlos Magalhães; se fosse o Roberto Marinho pai e não os filhos; se Ulysses Guimarães liderasse o MDB e não a quadrilha de Temer; se Leonel Brizola permanecesse como figura maior do PDT; se tivéssemos personalidades no meio empresarial tão respeitáveis quanto já tivemos; se o Supremo Tribunal Federal fosse dirigido pelos magistrados ilustres que passaram por lá, o Brasil seria outro. Teríamos sido poupados do golpe de 2016 e alguém já teria dado um basta nos desmandos e prepotências da tal “República de Curitiba”.
A única liderança que a maioria do País respeita está encarcerada. Bem fazem os americanos, que querem distância de nós.

VENEZUELA: NO CENTRO DO XADREZ HEGEMÔNICO AMERICANO

Eduardo Guimarães: Lei eleitoral permite a Lula vencer a eleição 2018

Ejército israelí: Fuerzas iraníes en Siria lanzan al menos 20 misiles contra los Altos de Golán

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RT - Publicado: 9 may 2018 21:39 GMT | Última actualización: 9 may 2018 23:52 GMT

De acuerdo con los informes preliminares, el ataque no ha dejado heridos.


Ejército israelí: Fuerzas iraníes en Siria lanzan al menos 20 misiles contra los Altos de Golán
Amir Cohen / Reuters
Las sirenas de alerta de cohetes se han activado la madrugada de este jueves en los Altos de Golán, al norte de Israel, horas después de los informes de un ataque israelí en Siria, informa la Fuerza de Defensa de Israel.
 En los videos, publicados por testigos en las redes sociales también se puede escuchar fuego de artillerilla. 


Carta do presidente Lula a Gleisi Hoffmann

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Leia a íntegra do texto em que Lula reafirma sua candidatura à Presidência

lula.com.br - Publicado em 09/05/2018

Foto: Ricardo Stuckert
"Querida Gleisi,
Estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato. Sei quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto. Quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em 2a. instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja.

Os meus acusadores sabem que sou inocente. Procuradores, juiz,TRF-4, eu sou inocente. Os meus advogados sabem que eu sou inocente. A maioria do povo sabe que eu sou inocente. Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime. Não cometi nenhum crime.

Por isso sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir. O povo merece respeito. O povo tem que ter seus direitos e uma vida digna. Por isso queremos uma sociedade sem privilégios para ninguém, mas com direitos para todos.
Lula"

Ejército de Israel confirma que está realizando ataques contra "objetivos iraníes en Siria"

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RT - Publicado: 10 may 2018 00:38 GMT | Última actualización: 10 may 2018 01:10 GMT

Ejército de Israel confirma que está realizando ataques contra "objetivos iraníes en Siria"
Israeli Air Force F-15
Amir Cohen / Reuters


El portavoz de la Fuerza Aérea de Israel, AvichayAdraee, ha confirmado en su cuenta de Twitter que el país hebreo está tomando medidas contra "objetivos iraníes en Siria".
Diferentes medios reportan sobre fuertes explosiones que se escuchan en Damasco durante el bombardeo efectuado por la Fuerza Aérea israelí.
Un rascacielos de uso comercial sufrió daños tras ser impactado por un proyectil no identificado, informa Sky News Arabia en su cuenta de Twitter.





 Anteriormente, la agencia SANA informó que la defensa antiaérea siria había interceptado misiles israelíes en la zona de Khan Arnabah (provincia de Quneitra, a 40 kilómetros de Damasco). Israel también ha lanzado ataques en las afueras de la ciudad de El Baath, según los medios locales.
Los informes de la acción israelí han surgido tras el reciente ataque contra los Altos de Golán con los cohetes provenientes desde territorio sirio.
La noche de este miércoles, el Ejército israelí ha reportado que fuerzas iraníes desplegadas en Siria han lanzado unos 20 misiles contra los Altos de Golán. De acuerdo con los informes preliminares, el ataque no ha dejado heridos.
Los misiles han sido interceptados por el sistema de defensa antiaérea 'Cúpula de Hierro' (Iron Dome), informa la Fuerza de Defensa de Israel en su Twitter.

Tensión en aumento

Las tensas relaciones entre Israel e Irán empeoraron después del ataque aéreo contra la base aérea de Tiyas (T-4) que la Fuerza Aérea Árabe Siria posee cerca de la ciudad de Homs, en el cual perdieron la vida al menos a siete asesores iraníes el pasado 9 de abril. Irán, Siria y Rusia culparon a Israel de este suceso, aunque Tel Aviv no reconoció su autoría.
Tras esa ofensiva, el representante del líder supremo de Irán en la Fuerza Quds de la Guardia Revolucionaria iraní, Alí Shirazi, advirtió a Israel de que "debe tener cuidado con su comportamiento". "Si quiere existir más que unos días, debe evitar dar pasos estúpidos" porque "si ofrece a Irán una excusa, Tel Aviv y Haifa serán destruidas", aseguró ese vocero oficial.

Justiça e Democracia - Lula Livre | Teatro Oficina

Tijolaço: Voto de Gilmar mostra como Cármem explora o “caso Lula”

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POR  · 09/05/2018


lulastf
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Como era esperado, Gilmar Mendes deu o terceiro e decisivo voto contra o recurso do ex-presidente Lula para impedir a prisão antes do trãnsito em julgado da sentença Moro-TRF-4.
Eera esperado porque a parcela do STF que ainda oferece algum grau de resistência ao projeto autoritário do Poder Judiciário está acovardada e teme ser apontada pela mídia como  os “soltadores de Lula”.
Nenhum recurso favorável à libertação do ex-presidente vai prosperar, independente de qualquer razão juídica que contiver, porque a questão não é jurídica: é política.

A pequena chance de Lula nos tribunais superiores é o julgamento das Ações Diretas de Constitucionalidade 42 e 43, anteriores à prisão do ex-presidente, que Cármen Lúcia não aceitou por em pauta, personalizando a questão no julgamento de seu habeas corpus  pessoal e contando com o desejo de Rosa Weber de encontrar uma maneira, embora tosca, de votar contra a convicção jurídica que manifestara antes.
Mas é, como se disse, pequena a chance, porque o Supremo Tribunal Federal está mergulhado, e fundo, no processo dos arreganhos judiciais sobre a política e sobre a Constituição, que “emenda” ao seu bel-prazer, como o fez, para definir que se pode abandonar o princípio da presunção de inocência.
A defesa de Lula certamente está ciente que não se vive  um processo judicial que seja regido pelas regras do Direito “normal”, mas como num estado de exceção.
Até porque o Supremo Tribunal Federal, faz tempo, está instalado na 13ª Vara Criminal de Curitiba.

Afrânio Silva Jardim: É irresponsável trazer golpe militar para o debate nacional

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Por Diario do Centro do Mundo - 9 de maio de 2018


Publicado originalmente na fanpage do autor no Facebook
POR AFRÂNIO SILVA JARDIM, professor associado de Direito da UERJ
Exército brasileiro. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Acho absolutamente inconveniente e inoportuno que se continue considerando a absurda hipótese de um golpe de estado militar em nosso país. Tal prática acaba por criar um certo conformismo nas pessoas que, embora não o queiram, acabam se acostumando com a fatídica ideia de nova ditadura no Brasil.
A não ser por mero proselitismo, nada se justifica tratar de tão delicado tema publicamente, mormente quando os cenários, nacional e internacional, não justificam, de maneira alguma, uma quebra da nossa ordem constitucional, de consequências imprevisíveis.
Acho mesmo que chega a ser um comportamento irresponsável trazer este tema para o debate nacional. Ditadura, nunca mais. Tortura, nunca mais.

No chamado “mundo ocidental”, já não mais se admitem ditaduras militares, quase sempre de matizes ultranacionalistas. Tais ditaduras não vão encontrar o indispensável, ainda que reprovável, apoio de lideranças civis, quase sempre vinculadas ao liberalismo econômico. Uma ditadura militar criaria sérios problemas de ordem econômica para o nosso país, tendo em vista a globalização da economia nos dias de hoje.
Ademais, já não há mais a chamada “guerra fria” e as forças políticas e sociais de esquerda têm agora como agenda principal a radicalização democrática. Já não temos movimentos de esquerda tramando revoluções populares e formação de governos burocráticos e autoritários. Modernamente, a luta da esquerda é por democracia política e social.
Por outro lado, a corrupção não é peculiar à nossa sociedade e ocorre em escala mundial, não mais servindo de falso pretexto para a implantação de uma nova ditadura militar que, conforme mostra a história, acaba sendo por ela contaminada.
Julgo que as nossas Forças Armadas sabem muito bem das mazelas que toda a sociedade acaba sofrendo em consequência de uma violenta intervenção militar, sendo minoria os radicais de direita que não conseguem conviver com as adversidades próprias da democracia.
Os líderes militares da atualidade, em sua grande maioria, não mais desejam torturas e mortes que venham a justificar, no futuro, novas Comissões da Verdade. Todos sabem que não há ditaduras eternas …
Enfim, nada justificaria a volta de uma ditadura militar em nosso país e, por ela, ninguém seria beneficiado. Entrar neste tipo de aventura é admitir a volta da barbárie, sem que se saiba quando e como dela sair …
Por tudo isso, não falemos de autoritarismos. Não os admitimos mais, em hipótese alguma. Falemos de democracia, falemos de justiça social, falemos de liberdade, falemos, enfim, de felicidade !!!

Efeito Orloff: a Argentina de Macri é o Brasil de FHC. Por Miguel Enriquez

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Por Diario do Centro do Mundo - 9 de maio de 2018

“Eu sou você amanhã”
POR MIGUEL ENRIQUEZ
Em memorável artigo publicado na Folha de S.Paulo em novembro do ano passado, o jornalista Clóvis Rossi não escondia o seu entusiasmo com a vitória do Cambiemos, agrupamento eleitoral do presidente Mauricio Macri nas eleições legislativas.
Ancorado em sua experiência como correspondente em Buenos Aires no começo da década de 1980, Rossi, inebriado com o programa “modernizador” do mandatário, se permitiu uma previsão — na verdade, mais do que isso, um ato de fé.
“Tomara que continue valendo o efeito Orloff, aquela pressuposição dos anos 1980 de que o Brasil de amanhã seria a Argentina de hoje”, afirmou.

“Se continua valendo, então o presidente argentino Mauricio Macri acaba de pôr na roda uma agenda revolucionária que, se copiada no Brasil para a campanha eleitoral de 2018, pode alçá-la a um patamar enriquecedor.”
Segundo Rossi, reproduzindo o pensamento médio do mercado financeiro e dos políticos conservadores do continente, Macri estaria  oferecendo aos argentinos um conjunto de reformas (trabalhista, tributária, previdenciária, entre outras) com nítido fundo liberal.
“Como no Brasil, aliás, mas com muito mais profundidade e com um amparo popular de que não goza seu colega Michel Temer”, pontificou. Parecia ecoar o entusiasmo do próprio Macri, esfuziante com o sucesso de seu grupo político. “Estamos começando a viver os 20 melhores anos da vitória argentina”, afirmou o presidente.
Nada como um dia depois do outro.
Para desgosto da patota neoliberal e de Clóvis Rossi, passado apenas meio ano desse momento de euforia, a dura realidade atropelou as ilusões salvacionistas.
A perda de credibilidade do Banco Central argentino, incapaz de debelar a inflação, que teima em permanecer na casa dos 20% anuais (a meta oficial era derrubá-la para 5%), a avaliação de que os déficits das contas públicas e externa continuam alta, a fuga de capitais e a duplicação dos índices de desemprego, empurraram o governo local para uma crise de confiança que nem mesmo o peronista mais otimista imaginaria presenciar tão cedo.
Resultado: desvalorização do peso, fixação de taxas de juros em inacreditáveis 40% ao ano e, o que foi mais humilhante, um pedido de socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 30 bilhões, para conter a disparada da moeda americana.
Por uma dessas ironias da história, o efeito Orloff mencionado por Rossi continua valendo e sendo aplicado neste canto do mundo. A diferença é que no sentido inverso do pretendido pelo colunista. Não é o Brasil que está clonando o modelo da Argentina. É justamente o contrário.
Esse filme de horror assistido hoje pelos “hermanos” já vimos por aqui, e nem foi há tanto tempo assim. Acertou quem cravou no governo de Fernando Henrique Cardoso, nosso gênio da raça residente.
Embora seus áulicos tentem reinventar os oito anos de seu mandato, pós plano Real, como um período de estabilidade monetária e financeira para o país, o legado de FHC é muito semelhante ao cenário de destruição da economia que está sendo galhardamente construídopor Macri.
Nos oito anos de FHC, a inflação acumulada chegou a 100% e a dívida pública passara de 30% para 5% do PIB. A taxa de juros contabilizou quase 45%, em 1999, e estava em 24,9% em dezembro de 2002, às vésperas  da transmissão da faixa presidencial para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas é pelo lado cambial, que tanta aflige Macri nestes dias, que o efeito Orloff da gestão tucana é mais do que visível e preocupante. Sob a batuta do “pai” do Real, o Brasil quebrou nada menos do que três vezes.
A primeira bancarrota aconteceu em novembro de 1998, logo após o agravamento da crise russa, quando as reservas externas viraram pó, o que levou o Brasil a pedir um empréstimo de US$ 41,5 bilhões, concedidos por bancos internacionais como o Bird e o BID, e pelo FMI, que passou  a monitorar a economia brasileira-não faltou também um aporte de US$ 14,5 bilhões de um pool encabeçado pelo presidente Bill Clinton e formado, além dos Estados Unidos, pelo Japão, Canadá e países da União Europeia.
Três anos depois, em setembro de 2001, o governo voltou a passar o pires, invocando fatores externos, como as turbulências do mercado internacional, o atentado de 11 de setembro e a crise da economia argentina – foram colocados à disposição do país mais US$ 15,6 bilhões.
Finalmente, no ano seguinte, o Brasil teve de sacar US$ 10 bilhões do FMI para enfrentar a volatilidade do mercado, assustado, entre outros motivos, pela temor da eleição de Lula no pleito de 2002. Até dava para pedir música no Fantástico.
O certo é que, ao fim da era FHC, o Brasil contabilizava US$ 37,7 bilhões em reservas, a metade do que dispunha alguns anos antes, mantidas mediante o auxilio do FMI e de outras agências estrangeiras.
Sua vulnerabilidade diante de ataques especulativos continuava preocupante, o que tornava  sua economia suscetível às ingerências e políticas recessivas e anti-sociais do Fundo.
Ou seja: sem tirar, nem por, a Argentina de hoje é um replay retardatário do Brasil de ontem. E coloca mais uma vez em xeque todo um receituário neoliberal proposto pelas elites conservadoras para as nações da América Latina e que já demonstrou ser incapaz de resolver os problemas econômicos e sociais.
Em tempo: Nos governos Lula e Dilma, as reservas externas multiplicaram-se por 10, criando um colchão de solidez que blinda o país dos efeitos das crises internacionais e da especulação dos investidores estrangeiros.
Isso vem permitindo que a escalada do dólar seja enfrentada com tranquilidade pelo Banco Central, um feito aplaudido por certos setores da imprensa, sempre prontos a exaltar as virtudes do suposto dream team montado por Henrique Meirelles.
Coube ao economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES,  ex-ministro das Comunicações do governo FHC e tucano de carteirinha, colocar as coisas no devido lugar. “Com uma montanha de mais de US$ 370 bilhões de reservas, até eu”, afirmou Mendonça de Barros em sua coluna radiofônica na BandNews.

E continua o lawfare contra o ex-presidente Lula

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Por Afranio Silva Jardim - no CONJUR - 9 de maio de 2018

Nesta oportunidade, preocupado com temas da maior atualidade, optei por publicar dois breves textos que acabo de redigir sobre a nova acusação apresentada contra o ex-presidente Lula.
Procuro demonstrar que a denúncia assinada pela atual procuradora-geral da República não está de acordo com a boa técnica jurídica, podendo ser considerada uma acusação inepta, na medida em que é contraditória e de difícil compreensão.
A toda evidência, se a imputação não é clara e chega a ser contraditória, pode efetivamente prejudicar o direito de defesa, consagrado na nossa Constituição Federal.
Vamos aos referidos textos críticos.

1 – Nova e absurda denúncia do Ministério Público Federal 
O ex-presidente Lula não recebeu um centavo de propina. É a própria acusação que o diz. Trata-se de eventual doação ao Partido dos Trabalhadores.
Mais uma vez se deseja criminalizar a política.
Segundo as notícias, o Ministério Público Federal, através da procuradora-geral da República, ofereceu denúncia contra o ex-presidente Lula e outros dirigentes do PT e ex-ministros de Estado por corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal).
Lógico que precisamos conhecer, com detalhes, a peça acusatória apresentada ao STF. Entretanto, pelas informações que colhemos, constata-se que o ex-presidente Lula não é acusado de receber para si qualquer valor econômico.
A própria denúncia — petição inicial da ação penal — imputa ao ex-presidente que ele teria recebido expressiva soma de dinheiro da empresa Odebrecht para o Partido dos Trabalhadores, e não para ele.
Lógico que a conduta imputada ao ex-presidente precisa ser corretamente descrita na denúncia, conforme exige o artigo 41 do Código de Processo Penal (dia, local, forma ou modo etc.). Além do mais, a imputação precisa estar lastreada em prova colhida na fase investigatória.
Segundo se depreende, o ex-presidente Lula não recebeu qualquer doação para o Partido dos Trabalhadores. Isso não era tratado pelo então presidente da República. Mesmo durante as campanhas eleitorais, cabia ao tesoureiro do partido ou da própria campanha fazer os contatos com as empresas. Na época, a doação de empresas era permitida pela lei.
Aliás, a doação seria para o partido político, e não para o ex-presidente. Ele não pediu e não recebeu nada para si.
Alega a acusação que o governo iria facilitar o financiamento para a República de Angola viabilizar suas atividades de comércio exterior.
Ao que parece, não houve prejuízo para ninguém, pois apenas foi ampliada a linha de crédito do BNDES.
Por outro lado, não está clara a vinculação entre o aumento do valor do empréstimo à Angola com a eventual doação da Odebrecht ao Partido dos Trabalhadores (caixa dois). Se é que o valor não foi declarado à Justiça Eleitoral...
O que está claro é que o ex-presidente Lula não é corrupto, pois não recebeu qualquer valor monetário. Vale a pena repetir: Lula não teve qualquer benefício pecuniário em razão da ampliação do valor do empréstimo para a República de Angola.
Como se vê, independentemente de uma futura análise técnica da denúncia, constata-se que o ex-presidente não teve o seu patrimônio acrescido com qualquer "propina", sendo um caso mais próximo do chamado "caixa dois" para o Partido dos Trabalhadores, da competência da Justiça Eleitoral, como tantos outros que o STJ tem para ela encaminhado (casos envolvendo os ex-governadores de São Paulo e Santa Catarina).
2 – Mais um caso Lula. Mais uma acusação temerária
Colocar à disposição de alguém os valores de um conta corrente não significa que este alguém recebeu os valores ou mesmo parte deles. No caso, sequer se trata de uma conta bancária.
Na verdade, a denúncia mais parece uma peça processual chamada de “alegações finais”. Em relação ao aspecto técnico, ela está muito ruim, chegando ao ponto de poder prejudicar o próprio exercício de direito de defesa dos acusados.
Mais uma vez, o Ministério Público Federal demonstra uma absoluta falta de técnica ao elaborar uma denúncia (petição inicial da ação penal pública). Desta feita, o defeito é da própria procuradoria-geral da República.
A criticada denúncia, além de repetitiva, indevidamente transcreve trechos de depoimentos de testemunhas e delatores, reproduz documentos etc., sendo absolutamente contraditória no que diz respeito à imputação feita ao ex-presidente Lula.
Ela começa afirmando que o ex-presidente Lula e outros acusados "receberam de MARCELO ODEBRECHT quarenta milhões de dólares (ou R$ 64 milhões de reais)".
Entretanto, no parágrafo seguinte, a própria denúncia demonstra que o ex-presidente Lula não recebeu dinheiro algum de Marcelo Odebrecht, afirmando:
"O valor milionário ficou à disposição do PT dali em diante em uma conta mantida pela ODEBRECHT para despesas que fossem indicada pelos integrantes do Partido dos Trabalhadores, ora denunciados" (trecho da denúncia. O erro de concordância verbal é do original).
Ora, dizer que eu tenho disponível algum valor na conta bancária de outrem significa que eu recebi este dinheiro? Lógico que o dinheiro não me foi entregue, que eu não o recebi.
O escandaloso é que, ao que parece, não existe uma conta bancária. Na verdade, trata-se de uma escrituração unilateral da empresa Odebrecht. A denúncia fala em "conta corrente para o futuro"...
Em outras palavras, uma mera promessa de disponibilização de numerário em favor do Partido dos Trabalhadores. Como acusar o ex-presidente de "receber" se nenhuma verba pecuniária lhe foi entregue ou transferida?
Vale dizer, o dinheiro continuou no patrimônio do titular da conta corrente (escritural da empresa).
Essa acusação está parecendo com aquela temerária acusação do tríplex que o Lula teria recebido sem receber.
Importante notar que a própria acusação diz que a tal conta corrente da Odebrecht foi aberta em 2008, "para arrecadação de vantagens indevidas no interesse do Partido do Trabalhadores" (página 22 da denúncia).
A inépcia da acusação é evidente. Disponibilizar alguma coisa não é transferir a propriedade desta coisa. É uma questão de lógica.
Por derradeiro, cabe salientar que os pedidos de condenação dos réus a vultosas quantias são surreais.
Pedem condenação por dano moral coletivo (que dano?) e condenação de US$ 40 milhões a título de indenização, quando o aumento de uma linha de crédito não causa dano ao credor.
Dano ocorre se o mutuário não pagar a dívida, sendo ele o responsável por eventual inadimplemento. Enfim, Lula tem de indenizar dano inexistente? Se existisse, não seria de responsabilidade do devedor da dívida? Não houve garantias por parte de Angola?

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Abujamra: Provocações - Silvio Luiz

'Prisão de Lula não aprisiona candidatura', diz especialista. Ex-presidente reafirma decisão

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EMBATE E VIGÍLIA
"Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime", disse ex-presidente em carta a Gleisi Hoffmann. Caravana com 200 pessoas chegou a Curitiba para apoiar vigília

por Redação RBA publicado 09/05/2018

RICARDO STUCKERT
Lula e Gleisi
Lula expressa solidariedade à presidenta do PT, que vem sofrendo pressões por liderar defesa de sua candidatura
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou ser candidato a presidente da República e desautorizou especulações de que abriria mão da candidatura para apoiar outro candidato. "Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime. Não cometi nenhum crime. Por isso sou candidato até que a verdade apareça", afirmou. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, no final da tarde desta quarta-feira (9).
A mensagem do ex-presidente vem num momento em que, segundo seus apoiadores, veículos da imprensa comercial tentam desqualificar sua presença no processo eleitoral. Interessados em fragilizar o apoio popular a Lula, que lidera todas as pesquisas, alguns veículos teriam repercutido de maneira enviesada entrevistas de aliados importantes, como o ex-ministro Jaques Wagner e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) – com a finalidade de aparentar um recuo em relação à candidatura de Lula.
"Querida Gleisi, estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato. Sei o quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto", diz Lula à presidenta do PT. "Quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes."

Sem impedimento

Em parecer divulgado nesta terça (8), o advogado Luiz Fernando Pereira, especialista em direito eleitoral, afirmou que Lula não está impedido de ser candidato. “Em relação ao ex-presidente, existe hoje uma inelegibilidade provisória – que pode ser revogada a qualquer tempo, mesmo depois da eleição”, argumenta, no texto que leva o título acima.
Segundo o advogado, a condenação foi confirmada em segunda instância, mas ainda há recursos que podem ser julgados nos tribunais superiores (STJ e STF). “E não se pode dizer, antecipadamente, que os recursos não serão providos.”
Pereira argumenta que “não há nenhuma margem legal para um indeferimento antecipado do registro da candidatura de Lula. Nunca houve na história das eleições um indeferimento antecipado”.
A Lei 13.165/2015, diz o advogado, determina que o processo de registro só se inicia em 15 de agosto de 2018. “Aconteça o que acontecer, o tema do registro eleitoral não pode ser antecipado”, enfatiza.
A mesma posição foi defendida por Gleisi Hoffmann, na segunda-feira. "O PT registrará Lula em agosto como candidato. O Lula pode e vai ser o nosso candidato", afirmou.

Vigília resistente

Em Curitiba, segundo informações da organização, a vigília Lula Livre está recebendo novos apoios a cada dia. Também nesta quarta, chegaram reforços de mais três caravanas ao local, provenientes do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com 200 pessoas. Elas se somaram à vigília democrática pela manhã, a tempo de participar do já tradicional “bom dia, Lula”.

Indígenas Guarani Kaiowá e Terena, de Dourados (MS), que chegaram ao acampamento Marisa Letícia na semana passada, se despedem hoje do acampamento e da vigília. De acordo com a organização, eles participaram com entusiasmo das manifestações, promoveram danças ritualísticas e clamaram às divindades para que seja restabelecida a Justiça e Lula seja solto.
Por outro lado, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), afirmou à rádio Eldorado que pediu à Justiça Federal para que os militantes acampados sejam retirados do local. De acordo com apoiadores de Lula, a prefeitura curitibana cancelou unilateralmente, no fim da tarde de ontem, uma reunião que aconteceria hoje entre as lideranças da vigília e a Polícia Militar do Paraná. Expira nesta quarta o acordo entre as três partes pelo qual viaturas policiais garantiriam a segurança no local, enquanto os manifestantes se comprometeram a não utilizar equipamentos de som.
Porém, antes do fim do prazo acordado a PM já havia se retirado do local, segundo os organizadores. “Os manifestantes estão entregues à própria sorte”, afirmou, em comunicado, o Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia. Também foi  retirado o cordão de isolamento que impedia a passagem de carros na área onde estão concentrados os manifestantes e as estruturas da vigília.
Em petição protocolada na Justiça Federal no Paraná nesta segunda-feira (7), a defesa de Lula se posicionou contra a transferência do ex-presidente da sede da Polícia Federal (PF). Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins argumentam que, pelo fato de ter sido presidente da República, Lula tem direito de ficar em sala de estado-maior. A PF pediu que Lula fosse transferido para um “estabelecimento prisional adequado”, alegando altos custos da manutenção do ex-presidente em suas dependências. 

Janio: A baixa na alta

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Privatização da Eletrobras é mais um caso escabroso em série de transações do gênero

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por Janio de Freitas - na Folha - 10/05/2018

O comentário sobre a desistência de Joaquim Barbosa cabe em uma frase: a causa dos negros não recebeu de Joaquim Barbosa o que precisa e merece.
Passemos à batalha e aos que lutam, de lado e outro. A pretendida privatização da Eletrobras é mais um caso escabroso na série de transações desse gênero. O repórter Lúcio de Castro descobriu, e divulga no site da sua Agência de Jornalismo Investigativo Sportlight, que o governo Temer contratou poderosa assessoria de comunicação para atuar em jornais, TV e rádio de modo a inverter a opinião pública majoritariamente contrária à venda da empresa, como verificado em pesquisas.
O valor do contrato é de R$ 1,8 milhão mais extras. O método consiste na divulgação de notícias e comentários que apresentem a privatização como promissora em contraste com a depreciada empresa estatal.

Até agora não se notam efeitos na opinião pública. Na Câmara houve, sim, alguma redução na ampla resistência a se opor ao eleitorado. Lá, sabe-se, as maneiras de indução de mudança não são notas de noticiário, são outras. E, por esta mesma razão, o tema Eletrobras não é explorado só em termos de privatização ou não. 
O relator da proposta, escolhido com precisão, é o deputado do PP fluminense Julio Lopes, o que já diz alguma coisa. Integrante do grupo mais próximo de Sérgio Cabral e de grupos semelhantes na Câmara, seu nome não faltaria no papelório da Lava Jato, versão carioca ou curitibana.
Julio Lopes, como era toda a equipe de Cabral, é versátil nos assuntos de seu interesse. O relatório, exposto em sua forma mais recente, propõe a doação, adicionada às indenizações, de R$ 279 milhões aos que forem demitidos na privatização de distribuidoras de energia no Nordeste e no Norte. Um modo de quebrar manifestações resistentes, convocadas e fundamentadas pelos servidores. Vai mais longe, porém desta vez para outros proveitos.
No relatório do projeto de privatização o deputado Julio Lopes incluiu contrabandos, além de ilegais, imorais e denunciadores dos seus propósitos. Um deles objetiva nada menos do que saquear o fundo social do pré-sal, retirando-lhe recursos dirigidos à saúde e à educação. Sempre a saúde e a educação como vítimas. No caso, para aplicar a usurpação no aumento da rede de distribuição de gás, que o Plano Parente incluiu nas privatizações da Petrobras ao varejo.
Em se tratando de relatório sobre uma privatização, Julio Lopes introduziu-lhe também um facilitário para a compra de terras por estrangeiros, um projeto não propriamente brasileiro. Esses contrabandos são indicativos, mas não de convicções. O que traz à afirmação do novo ministro da Fazenda, Eduardo
Guardia, de que “as contas de luz subirão menos com a privatização”, bem adequada ao esforço de descrédito da Eletrobras.
As estatais estão em baixa, mas o cinismo nunca esteve tão em alta.
Janio de Freitas
Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, analisa a política e a economia.


PF “suicidou” ex-reitor Cancellier com base em convicções

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POR JEFERSON MIOLA - em seu blog - 10 DE MAIO DE 2018

reitor-suicidado-por-convicção
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A PF concluiu o inquérito sobre suposta prática de corrupção na UFSC.
A conclusão do inquérito não poderia ser mais bizarra: a PF acusou o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier de sustentar e respaldar uma quadrilha criminosa na Universidade, mas nas 817 páginas do relatório final não aponta 1 única prova para fundamentar tal acusação [Folha de SP].
Definitivamente a moda Dallagnol pegou: para acusar, condenar, prender e assassinar pessoas e reputações, não é necessário provas, bastam convicções dos acusadores fascistas.
Esta investigação, tardiamente concluída, confirma que a PF “suicidou” Cancellier por convicção.
Acabou o Estado de Direito. O terror judicial alvejou de morte a Constituição, o devido processo legal, a presunção de inocência e as garantias individuais.
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